17 de junho de 2009

A Nova Pirâmide dos Alimentos



A pirâmide dos alimentos é uma ferramenta de educação nutricional proposta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). É uma espécie de guia que ajuda de forma simples e direta a população a fazer opções dietéticas e ter uma dieta equilibrada.
A antiga pirâmide tinha por objetivo transmitir as pessoas que evitassem gorduras e que os carboidratos como pão, arroz, massas e cereais devem ser nossa fonte principal de energia.
Atualmente os nutricionistas estão seguindo a nova pirâmide dos alimentos que recomenda que se evitem os carboidratos refinados, manteiga e carne vermelha e incentiva o consumo de gorduras saudáveis e cereais intergrais, pois alguns pesquisadores descobriram que o consumo elevado de carboidratos refinados, como o pão branco e o arroz branco podem desequilibrar gravemente os níveis de glicose e insulina do organismo. Assim, esses pesquisadores sugerem substituir esses carboidratos por gorduras saudáveis chamadas de mono ou poli-insaturadas, que reduzem o risco de desenvolver doenças cardíacas.
A incorporação de carboidratos integrais na dieta é muito recomendada por especialistas, já que são mais saudáveis por conter fibras, vitaminas e sais minerais. Sempre se sugere a troca de arroz branco e pães brancos, por arroz integral e pães integrais. As duas pirâmides se assemelham muito quanto à recomendação do consumo de frutas, verduras e legumes, que devem ser incentivados. Sabe-se que uma dieta balanceada e saudável não pode ter excesso ou deficiência de alimentos.
1 - Carne vermelha e manteiga (gorduras saturadas): gorduras de origem animal e gorduras "trans". Devem ser consumidas com extrema moderação, para evitar excesso de peso e doenças do coração.
2 - Doces, massas, arroz e pães branco: Dê preferência aos cereais e grãos integrais. Substitua o açúcar por adoçantes, pois são menos calóricos.
3 - Laticínios ou suplemento de cálcio: Prefira leite desnatado e as formas magras de queijo como minas, branco e ricota.
4 - Peixes, aves e ovos: ricos em proteínas de alto valor biológico e ferro. Preferencialmente prepare nas formas assada, grelhada e cozida.
5 - Castanhas, nozes e leguminosas: fontes de proteínas isentas de gorduras saturadas. Bons exemplos são o feijão, soja, lentilha e outros. São excelentes fontes de fibras.
6 - Vegetais / Legumes: Ricos em vitaminas, minerais e fibras. Devem ser consumidos diariamente.
7 - Frutas: Fontes de vitaminas e minerais, carboidratos e fibras. Devem ser consumidas diariamente.
8 - Grãos e Cereais integrais: Principais fontes de energia e ricos em fibras. Devem ser consumidos em maior proporção na alimentação diária.
9 - Óleos vegetais incluindo oliva, canola, soja, algodão, girassóis e outros. São gorduras mais saudáveis para o organismo, fontes de ácidos graxos essenciais e fundamentais a dieta como Omega 6 e Omega 3. Deve-se tomar precauções quando consumir porque são calóricos.
10 - Exercícios diários e controle de peso: Princípios importantes para manutenção da vida saudável.
11 - O número ideal de porções para cada indivíduo depende de seu gasto calórico total diário. Cada um desses grupos de alimentos proporcionam alguns, mas não todos os nutrientes que precisamos. Nenhum grupo é mais importante que o outro.
12 - Para adquirirmos e mantermos boa saúde necessitamos consumir todos os grupos em conjunto e equilibradamente.
Dra. Nádia Lucila Rocha Brito
» Nutricionista Clínica e Esportiva;
» Nutricionista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas – FMUSP;
» Integrante da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do IOT-HCFMUSP;
» Coordenadora do Curso de Nutrição Avançado do IOT-HCFMUSP;
» Nutricionista da equipe antienvelhecimento - CEMECS - Clínica do Aparelho Digestivo (Gastroenterologia e Obesidade).

DIETA EM ZONA HORMONAL




Não é somente uma dieta de emagrecimento e sim um caminho ao novo entendimento de como o equilíbrio hormonal define o bem-estar físico e mental. O verdadeiro segredo do bem-estar físico e mental está em também manter certo grupo de hormônios, denominados eicosanóides, dentro de um nível. Esses hormônios pouco conhecidos são os guardiões do seu futuro. Os eicosanóides são a central de comando do sistema imunológico responsáveis em controlar a liberação da insulina, glucagon e outros hormônios, foram os primeiros hormônios fabricados pelos organismos vivos e são produzidos por todas as células do corpo. Existem dois tipos de eicosanóides, aqueles que promovem as inflamações e a destruição dos tecidos (pró-inflamatórios) e aqueles que detém as inflamações (antiinflamatórios) e promovem a cura.
A dieta da zona incentiva o balanço hormonal do corpo (equilibraria os eicosanóides), baseando-se na redução da quantidade de carboidratos da dieta, (pois o excesso de calorias estimula a secreção de insulina) e se alimentando em proporções corretas de proteínas e gorduras. A fórmula sugerida pela dieta da zona é de que a ingestão de calorias seja proveniente de 40% de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gorduras.
Segundo Dr. Barry Sears, criador da dieta da zona, consumindo as quantidades corretas desses componentes, pode-se controlar a produção de insulina no corpo, fazendo com que você queime a gordura de forma mais eficiente. Em termos fisiológicos, o princípio da dieta baseia-se no diferente comportamento hormonal proporcionado pela ingestão modificada em relação à dieta tradicional que é de que a ingestão de calorias seja proveniente de 60% de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de gorduras. O excesso de carboidratos na alimentação favorece o acúmulo de gordura corporal por promover um grande estímulo à insulina, níveis altos de insulina induzem ao armazenamento de carboidratos em forma de gordura e inibem o uso da gordura armazenada, impossibilitando o uso da gordura corporal armazenada para a produção de energia.
Portanto, o consumo de alimentos com baixo índice glicémico é indicado, pois estes aumentam os níveis de açúcar no sangue de forma lenta, produzindo uma reação insulínica moderada e mantendo um nível favorável de eicosanóides.
Para se seguir essa dieta é necessário obedecer a uma lista de combinações de alimentos que juntos, oferecem as proporções corretas de carboidratos, proteínas e gorduras. A ingestão de gorduras de boa qualidade é essencial, já que os ácidos graxos essenciais provenientes da gordura alimentar são precursores dos eicosanóides (antiinflamatórios), que por sua vez controlam a insulina. A gordura considerada inadequada são aquelas provenientes do ácido araquidônico, por ser pró-inflamatório. O equilíbrio no consumo de proteína e carboidratos determinam se os eicosanóides estariam sendo fabricados pelo corpo de forma equilibrada. Além de seguir essas combinações de alimentos, também é necessário aprender a medir porções corretamente, o que pode levar algum tempo até que se acostume. Esta dieta deve ser individualizada e orientada por um profissional nutricionista para que estas proporções sejam respeitadas sem prejudicar seu organismo.


ReferênciaO Ponto Z, de Barry Sear et. al., 1996

Dra. Nádia Lucila Rocha Brito

ÍNDICE GLICÊMICO




O carboidrato é o nutriente que mais aumenta a glicemia, (100% dos carboidratos consumidos se convertem em glicose, 60% das proteínas ingeridas se convertem em glicose e 10% das gorduras ingeridas se convertem em glicose).
Os carboidratos são compostos formados por carbono, oxigênio e hidrogênio e são os maiores responsáveis pelo fornecimento de energia. São classificados como "simples" ou "complexos", de acordo com o grau de polimerização.
Os carboidratos simples são os monossacarídeos (frutose, glicose, galactose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose) e os carboidratos complexos são os polissacarídeos (amido, glicogênio).
Todos os tipos de carboidratos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose, mas os seus efeitos fisiológicos não dependem exclusivamente do grau de polimerização, e sim, da capacidade de elevar a glicemia.
Pesquisadores canadenses em 1981 propuseram um novo sistema de se classificar os carboidratos através da resposta glicêmica ou do índice glicêmico.
O índice glicêmico (IG) a resposta glicêmica que o alimento promove em relação à resposta observada após consumo de um alimento de referência pão branco ou a glicose, os alimentos são classificados baseados em seu potencial em aumentar a glicose sangüínea. Através da análise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato de alimento de referência.
Na primeira hora depois de uma refeição de alto índice glicêmico (início do período pós-prandial), a concentração de glicose pode ser o dobro da encontrada após uma refeição de baixo índice glicêmico, com os mesmos nutrientes e com mesma quantidade de calorias. Esta relativa hiperglicemia estimula a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon. Com isso, tem-se uma exagerada resposta anabólica que inclui maior captação de nutrientes, glicogênese, lipogênese e supressão da gliconeogênese e lipólise.
A ingestão de alimentos de baixo IG pode diminuir a secreção de hormônios contra-regulatórios proteolíticos como o cortisol, hormônio do crescimento e glucagon, estimulando a síntese protéica. Segundo alguns autores, a ingestão de alimentos de baixo IG tende a aumentar o teor de massa magra e a diminuir, significativamente, o teor de massa gordurosa corporal.
Os alimentos de baixo índice glicêmico são mais ricos em fibras e uma das teorias atesta que as fibras – sobretudo as fibras solúveis – favorecem uma maior distenção gástrica, o que leva a uma maior secreção de colecistoquinina (CCK). Sendo assim, por outra via, os alimentos de baixo índice glicêmico induzem a sensação de saciedade


Alimentação com Altos Índices Glicêmicos favorecem:

Inflamação devido a insulina permanentemente elevada
Fome frequentepor mais carboidratos simples
Obesidade, Diabetes e Hipertensão arterial
Proliferação de bactérias patológicas
Acidificação do sangue e tecidos
Espoliação dos ossos e tecidos para tamponar a acidez
Enfraquecimento das defesas imunológicas
Depressão
Dra. Nádia Lucila Rocha Brito
» Nutricionista Clínica e Esportiva;
» Nutricionista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas – FMUSP;
» Integrante da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do IOT-HCFMUSP;
» Coordenadora do Curso de Nutrição Avançado do IOT-HCFMUSP;
» Nutricionista da equipe antienvelhecimento - CEMECS - Clínica do Aparelho Digestivo (Gastroenterologia e Obesidade).