19 de junho de 2009

Os Hormônios e o Envelhecimento



Os hormônios não caem porque nós envelhecemos. Nós envelhecemos porque a produção de hormônios cai . . .

Já se vão mais de cinco décadas desde que os primeiros pioneiros ousaram em desafiar a menopausa e iniciaram a terapia de reposição hormonal.
Naqueles tempos as coisas eram feitas de maneira empírica e quase heróica, uma vez que o fenômeno da menopausa era algo não muito bem compreendido, além de aceito até mesmo pela ciência médica como uma fase “normal” da vida.
Por outro lado, não havia como aferir o momento exato em que uma mulher entrava em deficiência hormonal e inexistiam controles laboratoriais para avaliar a resposta clínica ao uso dos hormônios.
Para dificultar ainda mais as coisas, os hormônios utilizados naqueles tempos eram artificiais e administrados em doses literalmente cavalares.
Este contexto, como seria de se esperar, produziu benefícios mas também efeitos adversos, dentre os quais o mais temido de todos: o aumento do risco de câncer.
Ao longo de todo este tempo avanços importantes foram obtidos, e ao contrário do que muitos ainda persistem em acreditar, reposição hormonal está longe de ser um tratamento de beleza para rejuvenescer e que pode causar câncer.
Reposição hormonal significa retardar de modo consistente os processos do envelhecimento humano, além de contribuir para a manutenção da qualidade de vida.
O grande quebra-cabeças é que estamos atingindo expectativas de vida cada vez maiores em um curto intervalo de tempo, de modo que os nossos sistemas glandulares produtores de hormônios ainda não tiveram o necessário tempo para adaptação, entrando em falência e esgotamento muitas décadas antes do final da vida.
É curioso observar que a natureza tem regras muito rígidas para todos os animais. Os seres vivos não vivem muito além da fase em que esgotam a capacidade de reproduzir, sendo o homem um dos poucos animais que conseguem quebrar estas regras.
Pagamos um preço muito elevado por tal insolência, uma vez que, a partir do momento que a produção de hormônios começa a declinar, todo o processo de fabricação de proteínas no nosso organismo passa também a sofrer um agudo declínio, acelerando de forma intensa o envelhecimento.
Os estudos da última década na área dos hormônios, não só confirmam como consagram um novo e bem mais abrangente conceito: o de modulação hormonal.
Ao contrário do que se acreditava, nós humanos temos, na verdade, não apenas uma grande pausa, mas inúmeras pausas diferentes, que acometem indistintamente homens e mulheres, instalam-se de maneira própria em cada pessoa, com níveis de intensidade e em idades completamente distintos para cada um de nós.
Abandonou-se aquela idéia de que apenas repondo estradiol na menopausa estaríamos fazendo muito pelas nossas clientes.
O que há, de fato, é a busca por um equilíbrio na produção de uma vasta gama de hormônios, já existindo marcadores para avaliar o momento exato em que cada um deles começa a declinar, permitindo que a reposição possa ser prontamente iniciada, igualmente para homens e mulheres.
É por demais oportuno lembrar que as múltiplas deficiências destes hormônios em conjunto, podem fazer com que o envelhecimento passe a ocorrer a uma velocidade muito maior.
É importante compreendermos que os hormônios não caem porque nós envelhecemos.
Nós envelhecemos porque os nossos hormônios caem ...
Do arsenal disponível atualmente, os principais hormônios usados na modulação, com algumas das suas principais funções, são brevemente descritos a seguir. Estradiol – é o grande hormônio da menopausa. Exerce incontáveis e importantíssimas funções: síntese de colágeno, proteção cardiovascular, redução do risco de osteoporose, redução do risco de Alzheimer, redução do risco de câncer colorretal, redução do risco de cegueira, preservação dos dentes, manutenção do trofismo urogenital. Hormônio do crescimento humano (HGH) – usado em homens e mulheres, reduz a gordura corporal de forma dramática,aumenta a massa muscular, estimula o desejo sexual, aumenta a resposta imunológica, melhora os níveis de energia e a performance cerebral, além de reduzir o processo de enrugamento da pele. Testosterona – primordialmente utilizado em homens, aumenta de forma notória o rendimento cardíaco e resistência ao esforço físico, recupera as funções e o desejo sexual, além de ter um efeito hipoglicemiante, contribuindo decisivamente para a normalização da glicemia no diabetes tipo II. DHEA – usado em homens e mulheres, estimula o sistema imunológico, o desejo sexual, age como poderoso anti-oxidante e regula as funções do cortisol, hormônio do stress, responsável por vários efeitos nocivos ao nosso organismo. Melatonina – poderoso anti-oxidante, reduz os processos de oxidação e envelhecimento celular, além de ser um indutor da produção de serotonina, proteína responsável pela indução do sono profundo e natural. Usado em homens e mulheres. Extrato natural de hormônios tireoidianos – usado nos dois sexos, evita a conversão inadequada dos hormônios ativos da tireóide, e, diante do hipotireoidismo, apresenta resultados clínicos superiores a qualquer outro produto de origem sintética.
Para finalizar, é importante destacar que todos estes hormônios são biologicamente idênticos aos produzidos no nosso próprio organismo, permitindo que a sua suplementação seja realizada de forma segura e fisiológica.


* Dr. Ítalo Rachid -
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e pela Associação Médica Brasileira
Ex-Delegado da Sociedade Brasileira de Climatério – SOBRAC
Formação em Medicina Anti-Aging pelo American Board of Anti-Aging Medicine
Formação em Medicina Anti-Aging pela Harvard University Graduate School of Philosophy and Education
Membro Diplomado da American Academy of Anti-Aging Medicine
Membro Diplomado da International Hormone Society
Membro Diplomado da World Society of Anti-Aging Medicine
Membro da Life Extension Foundation - USA
Formação em Age-Manegement Medicine pelo CENEGENICS Medical Institute – USA
Presidente do Colégio Brasileiro de Medicina Anti-Aging e Longevidade - CBMAE
Professor do Master em Ciências do Anti-Aging da Universidade Paulista - UNIP
Coordenador do Núcleo de Fisiologia do Envelhecimento da Universidade Paulista - UNIP
Membro do Editorial Board do Journal of Health and Biotechnology
Pesquisador do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia – IFET-CE
Pesquisador DTI-3 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq
Delegado Internacional da World Anti-Aging Academy of Medicine - WAAAM
Introdutor da Medicina Anti-Aging no Brasil
Palestrante Internacional.

AS TERAPIAS ANTIENVELHECIMENTO



A partir de mais ou menos 30 a 35 anos, o nosso organismo começa a diminuir o seu metabolismo, principalmente porque os nossos níveis de hormônios anabólicos começam a declinar, e o ser humano passa a experimentar uma aceleração acentuada do envelhecimento.
Por outro lado, o excesso de industrialização dos alimentos e o esgotamento dos nutrientes do solo fazem com que, quase todos nós, aparentemente saudáveis, soframos, na verdade, de múltiplas deficiências nutricionais, vitamínico-minerais e hormonais, e que , na maioria das vezes, não produzem qualquer sintoma no nosso organismo, mas que vão, sorrateiramente, contribuir para acelerar ainda mais o envelhecimento.
Os maus hábitos da vida moderna, como o sedentarismo, fumo, obesidade e stress, aliam-se aos fatores orgânicos, nos tornado vulneráveis às doenças. Sabemos que os estilos de viver que cada um de nós decide adotar, respondem por mais de 70% de nossa longevidade!
Uma pessoa sedentária, obesa, estressada e com deficiências hormonais e nutricionais, pode ter retirada da sua conta-corrente até 30 nos de vida! Deste modo, estamos todos envelhecendo a velocidades inaceitáveis.
O efeito destes processos repercute de maneira individual e nós, de modo que passamos a envelhecer em velocidades diferentes.
Nasceu daí o conceito de idade biológica, que é a idade real de nosso organismo, é o que vai contar daqui para frente. Podem rasgar as carteiras de identidade, pois, idade cronológica é um parâmetro ultrapassado, que não vai ter mais qualquer valor de agora em diante.
Já existem exames que aferem os marcadores metabólicos e biológicos do envelhecimento determinando assim qual a nossa vida real (biológica), e a que velocidade cada um de nós está envelhecendo.
Além do mas, já se pode quantificar com precisão os níveis de deficiências múltiplas hormonais e vitamínico-minerais, permitindo que a reposição de todos os elementos que o nosso organismo apresenta deficiências seja feita de forma individualizada.
Os resultados desta forma de encarar o envelhecimento humano sob a ótica da fisiologia, são absolutamente animadores.
Estas avaliações e terapias já são plenamente disponibilizadas no Brasil.
Assuma um compromisso sério de mudar a sua vida, e acredite: podemos envelhecer de forma ativa, saudável, feliz e produtiva
Autor: Ítalo Rachid