19 de junho de 2009

Os Hormônios e o Envelhecimento



Os hormônios não caem porque nós envelhecemos. Nós envelhecemos porque a produção de hormônios cai . . .

Já se vão mais de cinco décadas desde que os primeiros pioneiros ousaram em desafiar a menopausa e iniciaram a terapia de reposição hormonal.
Naqueles tempos as coisas eram feitas de maneira empírica e quase heróica, uma vez que o fenômeno da menopausa era algo não muito bem compreendido, além de aceito até mesmo pela ciência médica como uma fase “normal” da vida.
Por outro lado, não havia como aferir o momento exato em que uma mulher entrava em deficiência hormonal e inexistiam controles laboratoriais para avaliar a resposta clínica ao uso dos hormônios.
Para dificultar ainda mais as coisas, os hormônios utilizados naqueles tempos eram artificiais e administrados em doses literalmente cavalares.
Este contexto, como seria de se esperar, produziu benefícios mas também efeitos adversos, dentre os quais o mais temido de todos: o aumento do risco de câncer.
Ao longo de todo este tempo avanços importantes foram obtidos, e ao contrário do que muitos ainda persistem em acreditar, reposição hormonal está longe de ser um tratamento de beleza para rejuvenescer e que pode causar câncer.
Reposição hormonal significa retardar de modo consistente os processos do envelhecimento humano, além de contribuir para a manutenção da qualidade de vida.
O grande quebra-cabeças é que estamos atingindo expectativas de vida cada vez maiores em um curto intervalo de tempo, de modo que os nossos sistemas glandulares produtores de hormônios ainda não tiveram o necessário tempo para adaptação, entrando em falência e esgotamento muitas décadas antes do final da vida.
É curioso observar que a natureza tem regras muito rígidas para todos os animais. Os seres vivos não vivem muito além da fase em que esgotam a capacidade de reproduzir, sendo o homem um dos poucos animais que conseguem quebrar estas regras.
Pagamos um preço muito elevado por tal insolência, uma vez que, a partir do momento que a produção de hormônios começa a declinar, todo o processo de fabricação de proteínas no nosso organismo passa também a sofrer um agudo declínio, acelerando de forma intensa o envelhecimento.
Os estudos da última década na área dos hormônios, não só confirmam como consagram um novo e bem mais abrangente conceito: o de modulação hormonal.
Ao contrário do que se acreditava, nós humanos temos, na verdade, não apenas uma grande pausa, mas inúmeras pausas diferentes, que acometem indistintamente homens e mulheres, instalam-se de maneira própria em cada pessoa, com níveis de intensidade e em idades completamente distintos para cada um de nós.
Abandonou-se aquela idéia de que apenas repondo estradiol na menopausa estaríamos fazendo muito pelas nossas clientes.
O que há, de fato, é a busca por um equilíbrio na produção de uma vasta gama de hormônios, já existindo marcadores para avaliar o momento exato em que cada um deles começa a declinar, permitindo que a reposição possa ser prontamente iniciada, igualmente para homens e mulheres.
É por demais oportuno lembrar que as múltiplas deficiências destes hormônios em conjunto, podem fazer com que o envelhecimento passe a ocorrer a uma velocidade muito maior.
É importante compreendermos que os hormônios não caem porque nós envelhecemos.
Nós envelhecemos porque os nossos hormônios caem ...
Do arsenal disponível atualmente, os principais hormônios usados na modulação, com algumas das suas principais funções, são brevemente descritos a seguir. Estradiol – é o grande hormônio da menopausa. Exerce incontáveis e importantíssimas funções: síntese de colágeno, proteção cardiovascular, redução do risco de osteoporose, redução do risco de Alzheimer, redução do risco de câncer colorretal, redução do risco de cegueira, preservação dos dentes, manutenção do trofismo urogenital. Hormônio do crescimento humano (HGH) – usado em homens e mulheres, reduz a gordura corporal de forma dramática,aumenta a massa muscular, estimula o desejo sexual, aumenta a resposta imunológica, melhora os níveis de energia e a performance cerebral, além de reduzir o processo de enrugamento da pele. Testosterona – primordialmente utilizado em homens, aumenta de forma notória o rendimento cardíaco e resistência ao esforço físico, recupera as funções e o desejo sexual, além de ter um efeito hipoglicemiante, contribuindo decisivamente para a normalização da glicemia no diabetes tipo II. DHEA – usado em homens e mulheres, estimula o sistema imunológico, o desejo sexual, age como poderoso anti-oxidante e regula as funções do cortisol, hormônio do stress, responsável por vários efeitos nocivos ao nosso organismo. Melatonina – poderoso anti-oxidante, reduz os processos de oxidação e envelhecimento celular, além de ser um indutor da produção de serotonina, proteína responsável pela indução do sono profundo e natural. Usado em homens e mulheres. Extrato natural de hormônios tireoidianos – usado nos dois sexos, evita a conversão inadequada dos hormônios ativos da tireóide, e, diante do hipotireoidismo, apresenta resultados clínicos superiores a qualquer outro produto de origem sintética.
Para finalizar, é importante destacar que todos estes hormônios são biologicamente idênticos aos produzidos no nosso próprio organismo, permitindo que a sua suplementação seja realizada de forma segura e fisiológica.


* Dr. Ítalo Rachid -
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e pela Associação Médica Brasileira
Ex-Delegado da Sociedade Brasileira de Climatério – SOBRAC
Formação em Medicina Anti-Aging pelo American Board of Anti-Aging Medicine
Formação em Medicina Anti-Aging pela Harvard University Graduate School of Philosophy and Education
Membro Diplomado da American Academy of Anti-Aging Medicine
Membro Diplomado da International Hormone Society
Membro Diplomado da World Society of Anti-Aging Medicine
Membro da Life Extension Foundation - USA
Formação em Age-Manegement Medicine pelo CENEGENICS Medical Institute – USA
Presidente do Colégio Brasileiro de Medicina Anti-Aging e Longevidade - CBMAE
Professor do Master em Ciências do Anti-Aging da Universidade Paulista - UNIP
Coordenador do Núcleo de Fisiologia do Envelhecimento da Universidade Paulista - UNIP
Membro do Editorial Board do Journal of Health and Biotechnology
Pesquisador do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia – IFET-CE
Pesquisador DTI-3 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq
Delegado Internacional da World Anti-Aging Academy of Medicine - WAAAM
Introdutor da Medicina Anti-Aging no Brasil
Palestrante Internacional.

AS TERAPIAS ANTIENVELHECIMENTO



A partir de mais ou menos 30 a 35 anos, o nosso organismo começa a diminuir o seu metabolismo, principalmente porque os nossos níveis de hormônios anabólicos começam a declinar, e o ser humano passa a experimentar uma aceleração acentuada do envelhecimento.
Por outro lado, o excesso de industrialização dos alimentos e o esgotamento dos nutrientes do solo fazem com que, quase todos nós, aparentemente saudáveis, soframos, na verdade, de múltiplas deficiências nutricionais, vitamínico-minerais e hormonais, e que , na maioria das vezes, não produzem qualquer sintoma no nosso organismo, mas que vão, sorrateiramente, contribuir para acelerar ainda mais o envelhecimento.
Os maus hábitos da vida moderna, como o sedentarismo, fumo, obesidade e stress, aliam-se aos fatores orgânicos, nos tornado vulneráveis às doenças. Sabemos que os estilos de viver que cada um de nós decide adotar, respondem por mais de 70% de nossa longevidade!
Uma pessoa sedentária, obesa, estressada e com deficiências hormonais e nutricionais, pode ter retirada da sua conta-corrente até 30 nos de vida! Deste modo, estamos todos envelhecendo a velocidades inaceitáveis.
O efeito destes processos repercute de maneira individual e nós, de modo que passamos a envelhecer em velocidades diferentes.
Nasceu daí o conceito de idade biológica, que é a idade real de nosso organismo, é o que vai contar daqui para frente. Podem rasgar as carteiras de identidade, pois, idade cronológica é um parâmetro ultrapassado, que não vai ter mais qualquer valor de agora em diante.
Já existem exames que aferem os marcadores metabólicos e biológicos do envelhecimento determinando assim qual a nossa vida real (biológica), e a que velocidade cada um de nós está envelhecendo.
Além do mas, já se pode quantificar com precisão os níveis de deficiências múltiplas hormonais e vitamínico-minerais, permitindo que a reposição de todos os elementos que o nosso organismo apresenta deficiências seja feita de forma individualizada.
Os resultados desta forma de encarar o envelhecimento humano sob a ótica da fisiologia, são absolutamente animadores.
Estas avaliações e terapias já são plenamente disponibilizadas no Brasil.
Assuma um compromisso sério de mudar a sua vida, e acredite: podemos envelhecer de forma ativa, saudável, feliz e produtiva
Autor: Ítalo Rachid

17 de junho de 2009

A Nova Pirâmide dos Alimentos



A pirâmide dos alimentos é uma ferramenta de educação nutricional proposta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). É uma espécie de guia que ajuda de forma simples e direta a população a fazer opções dietéticas e ter uma dieta equilibrada.
A antiga pirâmide tinha por objetivo transmitir as pessoas que evitassem gorduras e que os carboidratos como pão, arroz, massas e cereais devem ser nossa fonte principal de energia.
Atualmente os nutricionistas estão seguindo a nova pirâmide dos alimentos que recomenda que se evitem os carboidratos refinados, manteiga e carne vermelha e incentiva o consumo de gorduras saudáveis e cereais intergrais, pois alguns pesquisadores descobriram que o consumo elevado de carboidratos refinados, como o pão branco e o arroz branco podem desequilibrar gravemente os níveis de glicose e insulina do organismo. Assim, esses pesquisadores sugerem substituir esses carboidratos por gorduras saudáveis chamadas de mono ou poli-insaturadas, que reduzem o risco de desenvolver doenças cardíacas.
A incorporação de carboidratos integrais na dieta é muito recomendada por especialistas, já que são mais saudáveis por conter fibras, vitaminas e sais minerais. Sempre se sugere a troca de arroz branco e pães brancos, por arroz integral e pães integrais. As duas pirâmides se assemelham muito quanto à recomendação do consumo de frutas, verduras e legumes, que devem ser incentivados. Sabe-se que uma dieta balanceada e saudável não pode ter excesso ou deficiência de alimentos.
1 - Carne vermelha e manteiga (gorduras saturadas): gorduras de origem animal e gorduras "trans". Devem ser consumidas com extrema moderação, para evitar excesso de peso e doenças do coração.
2 - Doces, massas, arroz e pães branco: Dê preferência aos cereais e grãos integrais. Substitua o açúcar por adoçantes, pois são menos calóricos.
3 - Laticínios ou suplemento de cálcio: Prefira leite desnatado e as formas magras de queijo como minas, branco e ricota.
4 - Peixes, aves e ovos: ricos em proteínas de alto valor biológico e ferro. Preferencialmente prepare nas formas assada, grelhada e cozida.
5 - Castanhas, nozes e leguminosas: fontes de proteínas isentas de gorduras saturadas. Bons exemplos são o feijão, soja, lentilha e outros. São excelentes fontes de fibras.
6 - Vegetais / Legumes: Ricos em vitaminas, minerais e fibras. Devem ser consumidos diariamente.
7 - Frutas: Fontes de vitaminas e minerais, carboidratos e fibras. Devem ser consumidas diariamente.
8 - Grãos e Cereais integrais: Principais fontes de energia e ricos em fibras. Devem ser consumidos em maior proporção na alimentação diária.
9 - Óleos vegetais incluindo oliva, canola, soja, algodão, girassóis e outros. São gorduras mais saudáveis para o organismo, fontes de ácidos graxos essenciais e fundamentais a dieta como Omega 6 e Omega 3. Deve-se tomar precauções quando consumir porque são calóricos.
10 - Exercícios diários e controle de peso: Princípios importantes para manutenção da vida saudável.
11 - O número ideal de porções para cada indivíduo depende de seu gasto calórico total diário. Cada um desses grupos de alimentos proporcionam alguns, mas não todos os nutrientes que precisamos. Nenhum grupo é mais importante que o outro.
12 - Para adquirirmos e mantermos boa saúde necessitamos consumir todos os grupos em conjunto e equilibradamente.
Dra. Nádia Lucila Rocha Brito
» Nutricionista Clínica e Esportiva;
» Nutricionista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas – FMUSP;
» Integrante da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do IOT-HCFMUSP;
» Coordenadora do Curso de Nutrição Avançado do IOT-HCFMUSP;
» Nutricionista da equipe antienvelhecimento - CEMECS - Clínica do Aparelho Digestivo (Gastroenterologia e Obesidade).

DIETA EM ZONA HORMONAL




Não é somente uma dieta de emagrecimento e sim um caminho ao novo entendimento de como o equilíbrio hormonal define o bem-estar físico e mental. O verdadeiro segredo do bem-estar físico e mental está em também manter certo grupo de hormônios, denominados eicosanóides, dentro de um nível. Esses hormônios pouco conhecidos são os guardiões do seu futuro. Os eicosanóides são a central de comando do sistema imunológico responsáveis em controlar a liberação da insulina, glucagon e outros hormônios, foram os primeiros hormônios fabricados pelos organismos vivos e são produzidos por todas as células do corpo. Existem dois tipos de eicosanóides, aqueles que promovem as inflamações e a destruição dos tecidos (pró-inflamatórios) e aqueles que detém as inflamações (antiinflamatórios) e promovem a cura.
A dieta da zona incentiva o balanço hormonal do corpo (equilibraria os eicosanóides), baseando-se na redução da quantidade de carboidratos da dieta, (pois o excesso de calorias estimula a secreção de insulina) e se alimentando em proporções corretas de proteínas e gorduras. A fórmula sugerida pela dieta da zona é de que a ingestão de calorias seja proveniente de 40% de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gorduras.
Segundo Dr. Barry Sears, criador da dieta da zona, consumindo as quantidades corretas desses componentes, pode-se controlar a produção de insulina no corpo, fazendo com que você queime a gordura de forma mais eficiente. Em termos fisiológicos, o princípio da dieta baseia-se no diferente comportamento hormonal proporcionado pela ingestão modificada em relação à dieta tradicional que é de que a ingestão de calorias seja proveniente de 60% de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de gorduras. O excesso de carboidratos na alimentação favorece o acúmulo de gordura corporal por promover um grande estímulo à insulina, níveis altos de insulina induzem ao armazenamento de carboidratos em forma de gordura e inibem o uso da gordura armazenada, impossibilitando o uso da gordura corporal armazenada para a produção de energia.
Portanto, o consumo de alimentos com baixo índice glicémico é indicado, pois estes aumentam os níveis de açúcar no sangue de forma lenta, produzindo uma reação insulínica moderada e mantendo um nível favorável de eicosanóides.
Para se seguir essa dieta é necessário obedecer a uma lista de combinações de alimentos que juntos, oferecem as proporções corretas de carboidratos, proteínas e gorduras. A ingestão de gorduras de boa qualidade é essencial, já que os ácidos graxos essenciais provenientes da gordura alimentar são precursores dos eicosanóides (antiinflamatórios), que por sua vez controlam a insulina. A gordura considerada inadequada são aquelas provenientes do ácido araquidônico, por ser pró-inflamatório. O equilíbrio no consumo de proteína e carboidratos determinam se os eicosanóides estariam sendo fabricados pelo corpo de forma equilibrada. Além de seguir essas combinações de alimentos, também é necessário aprender a medir porções corretamente, o que pode levar algum tempo até que se acostume. Esta dieta deve ser individualizada e orientada por um profissional nutricionista para que estas proporções sejam respeitadas sem prejudicar seu organismo.


ReferênciaO Ponto Z, de Barry Sear et. al., 1996

Dra. Nádia Lucila Rocha Brito

ÍNDICE GLICÊMICO




O carboidrato é o nutriente que mais aumenta a glicemia, (100% dos carboidratos consumidos se convertem em glicose, 60% das proteínas ingeridas se convertem em glicose e 10% das gorduras ingeridas se convertem em glicose).
Os carboidratos são compostos formados por carbono, oxigênio e hidrogênio e são os maiores responsáveis pelo fornecimento de energia. São classificados como "simples" ou "complexos", de acordo com o grau de polimerização.
Os carboidratos simples são os monossacarídeos (frutose, glicose, galactose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose) e os carboidratos complexos são os polissacarídeos (amido, glicogênio).
Todos os tipos de carboidratos, ao serem digeridos, transformam-se em glicose, mas os seus efeitos fisiológicos não dependem exclusivamente do grau de polimerização, e sim, da capacidade de elevar a glicemia.
Pesquisadores canadenses em 1981 propuseram um novo sistema de se classificar os carboidratos através da resposta glicêmica ou do índice glicêmico.
O índice glicêmico (IG) a resposta glicêmica que o alimento promove em relação à resposta observada após consumo de um alimento de referência pão branco ou a glicose, os alimentos são classificados baseados em seu potencial em aumentar a glicose sangüínea. Através da análise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato de alimento de referência.
Na primeira hora depois de uma refeição de alto índice glicêmico (início do período pós-prandial), a concentração de glicose pode ser o dobro da encontrada após uma refeição de baixo índice glicêmico, com os mesmos nutrientes e com mesma quantidade de calorias. Esta relativa hiperglicemia estimula a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon. Com isso, tem-se uma exagerada resposta anabólica que inclui maior captação de nutrientes, glicogênese, lipogênese e supressão da gliconeogênese e lipólise.
A ingestão de alimentos de baixo IG pode diminuir a secreção de hormônios contra-regulatórios proteolíticos como o cortisol, hormônio do crescimento e glucagon, estimulando a síntese protéica. Segundo alguns autores, a ingestão de alimentos de baixo IG tende a aumentar o teor de massa magra e a diminuir, significativamente, o teor de massa gordurosa corporal.
Os alimentos de baixo índice glicêmico são mais ricos em fibras e uma das teorias atesta que as fibras – sobretudo as fibras solúveis – favorecem uma maior distenção gástrica, o que leva a uma maior secreção de colecistoquinina (CCK). Sendo assim, por outra via, os alimentos de baixo índice glicêmico induzem a sensação de saciedade


Alimentação com Altos Índices Glicêmicos favorecem:

Inflamação devido a insulina permanentemente elevada
Fome frequentepor mais carboidratos simples
Obesidade, Diabetes e Hipertensão arterial
Proliferação de bactérias patológicas
Acidificação do sangue e tecidos
Espoliação dos ossos e tecidos para tamponar a acidez
Enfraquecimento das defesas imunológicas
Depressão
Dra. Nádia Lucila Rocha Brito
» Nutricionista Clínica e Esportiva;
» Nutricionista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas – FMUSP;
» Integrante da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do IOT-HCFMUSP;
» Coordenadora do Curso de Nutrição Avançado do IOT-HCFMUSP;
» Nutricionista da equipe antienvelhecimento - CEMECS - Clínica do Aparelho Digestivo (Gastroenterologia e Obesidade).












16 de junho de 2009

O Milagre da TELOMERASE


Por: Dr. Ítalo Rachid*

Um grupo de renomados cientistas na área da biologia molecular anunciou recentemente que existem enormes chances de termos, finalmente, descoberto a fonte da juventude: uma enzima celular denominada telomerase.
Esta enzima é uma ribonucleoproteína que confere às células a espantosa capacidade de se replicarem infinitamente, driblar o envelhecimento e manter sua performance metabólica inalterada, tornando-as, deste modo, imunes ao próprio tempo.
A grande maioria das células, tecidos, órgãos, plantas, animais e seres humanos obedece a um ciclo biológico bem previsível - crescem, envelhecem, reproduzem e morrem.
Existem, no entanto, três tipos de células que desobedecem estas regras.
O primeiro são os organismos unicelulares chamados eucariontes (amebas), que são, basicamente, replicações do mesmo ser e permanecem imortais. Uma ameba hoje é exatamente a mesma criatura de um milhão de anos atrás.
O segundo são células germinativas primordiais, que irão se transformar nos espermatozóides e óvulos. Não importa o que aconteça com o nosso corpo, essas células simplesmente não envelhecem e podem viver para sempre.
O terceiro tipo de célula que demonstra imortalidade biológica e ausência de envelhecimento são as células cancerígenas, que podem viver para sempre em meios de cultura, e, na verdade só morrem porque são pouco espertas e matam o organismo invadindo-o e parasitando-o.
Por que, então, envelhecemos?
Cada vez que as células do nosso corpo se dividem, uma parte do material genético necessário a estas divisões é perdido, são chamados Telômeros.
A velocidade e extensão dessas perdas é que vai determinar quantas vezes cada célula vai poder se dividir, por quanto tempo irá viver e quando vai morrer.
Os telômeros são, na verdade, os nossos relógios biológicos, que controlam o processo do envelhecimento celular.
O grande elo perdido foi então descoberto por Carol Grieder e Elisabeth Blackburn, da Universidade de Yale em 1989: uma enzima chamada telomerase é capaz de repor indefinidamente os segmentos de telômeros perdidos nas divisões celulares, e é exatamente esse fenômeno que possibilita às amebas, células germinativas e células cancerígenas viverem para sempre. Por outro lado, as células comuns envelhecem porque a telomerase não consegue ser ativada nas mesmas.
Muitas pesquisas e estudos têm sido feitos desde então, e as notícias mais recentes nesta área são promissoras.
A telomerase já foi replicada em células comuns, e a promessa é que os desdobramentos desse avanço possam estar ao nosso alcance dentro de poucas décadas.
Substâncias capazes de inibir essa enzima em células do câncer já estão sendo pesquisadas e é possível que estejam disponíveis para aplicação clínica dentro de um curto período de tempo.
Acena-se com a possibilidade de cura do câncer dentro de quinze a vinte anos.
No outro extremo, substâncias capazes de estimular a telomerase em células comuns começarão a ser usadas já estão disponíveis para uso experimental.
Acredita-se que em 2020, terapias com telomerase já estarão disponíveis, e a humanidade vai entrar numa nova era de saúde e extensão de vida inimagináveis!
*Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e pela Associação Médica Brasileira
*Ex-Delegado da Sociedade Brasileira de Climatério - SOBRAC
*Formação em Medicina Antienvelhecimento pelo American Board of Anti-Aging Medicine
*Formação em Medicina Antienvelhecimento pela Harvard University Graduate School of Philosophy and Education
*Membro Diplomado da Academia Americana de Medicina Antienvelhecimento
*Membro Diplomado da International Hormone Society
*Membro Diplomado da World Society of Anti-Aging Medicine
*Delegado da World Anti-Aging Academy of Medicine (WAAAM).
*Membro da Life Extension Foundation - USA
*Formação em Age-Manegement Medicine pelo CENEGENICS Medical Institute – USA
*Diretor Científico do Programa Longevidade Saudável
*Coordenador do Curso de Pós-Graduacao em Medicina Antienvelhecimento da Universidade Paulista - Unip
*Presidente do Colégio Brasileiro de Medicina Antienvelhecimento e Longevidade - CBMAE
*Palestrante Internacional.
*Introdutor da Medicina Antienvelhecimento no Brasil.

15 de junho de 2009

NUTRIGENÔMICA


A entrada no século XXI constituirá sem dúvida um marco histórico na evolução ciência. O Projeto do Genoma Humano (PGH), iniciado em 1990 como um esforço cooperativo in­ternacional, tinha como objetivos a se­quenciação completa de todo o genoma humano (cerca de 3,2 biliões de nucleóti­dos), a identificação dos genes e dos pro­dutos por estes codificados, assim como a identificação da sua função, associação com patologias específicas e interacções com factores ambientais.
Em Fevereiro de 2001 foi publi­cada a sequenciação inicial do genoma humano, com artigos na Nature e na Science, tendo a sua publicação defini­tiva ocorrido em 2004. O sucesso obtido no PGH, aliado a poderosas ferramen­tas de biologia molecular, impulsiona agora uma nova era na medicina e na nutrição.
A informação revelada pela se­quenciação do genoma humano está favorescendo a criação de novas oportunida­des de compreensão de como responde o ser humano aos estímulos provenien­tes do ambiente. Alguns dos dados ob­tidos, revelaram que os polimorfismos genéticos, fonte de variação interindi­vidual, são fundamentais na resposta metabólica ao ambiente e permitiram--nos questionar até que ponto podemos identificar subgrupos populacionais e que marcadores genéticos poderão au­mentar os seus benefícios ou riscos com uma determinada ingestão de um deter­minado nutrimento.
Apesar dos nutrientes influencia­rem o desenvolvimento do ser humano e a evolução para determinados fenó­tipos, e, como se sabe, este mecanismo difere de indivíduo para indivíduo, o inverso também deve ser considerado. Isto é, o genótipo individual pode de­terminar a resposta a um determinado nutriente ou componente alimentar. Esta nova era emergente, a Nutrição Molecular, ou seja, as interações gene-nutriente, é, portanto, complexa e bidi­recional.
A genômica representa um con­ceito amplo e vasto, que inclui o estudo dos genes, relativamente à sua estrutu­ra, função, regulação e interação com fatores ambientais. Uma das primei­ras definições, publicadas na literatura científica, para o termo «genômica nu­tricional» foi proposta por DellaPenna, em 1999, mas muitas surgiram desde então, não fosse esta uma nova área de conhecimento científico (– glossário de termos relacionados com genómica nutricional no final do texto).
A genômica nutricional pode ser considerada como a combinação entre a nutrição molecular e a genômica, um conceito que abarca a nutrigenômica e a nutrigenética. Segundo Ordovas et al., a nutrigenômica considera «os estudos de interação funcional dos alimentos e dos seus componentes com o genoma, ao nível molecular, celular e sistêmico». A finalidade da nutrigenômica é auxiliar a prevenção e o tratamento de doenças através da alimentação.
A nutrigenética considera os efei­tos da variação genética individual na resposta aos nutrientes ou à alimenta­ção e oferece a promessa de uma «nutri­ção personalizada» segundo a constitui­ção genética do indivíduo, baseada no conhecimento das variações do meta­bolismo dos nutrientes sobre os genes. A expectativa subjacente à nutrige­nômica e à nutrigenética é que será iden­tificada e validada uma grande variedade de genes cuja expressão possa ser mo­dificada por componentes alimentares – nutrientes ou não –, a fim de serem incorporados em estratégias nutricionais que visem optimizar a saúde e prevenir a doença. Entre as várias doenças que poderão beneficiar com os avanços desta área, destacam-se a obesidade, o cancro, as doenças cardiovasculares, a osteopo­rose, a diabetes e várias outras doenças inflamatórias crónicas.
É, portanto, baseado na concreti­zação destas expectativas que surge o conceito de «nutrição inteligente», ou seja, o conhecimento do estado nutri­cional, das necessidades nutricionais e do genótipo individual, que prometem revolucionar não só as ciências da nu­trição, mas todas as áreas ligadas às ciências da saúde.
Os nutricionistas têm agora uma oportunidade especial e única para re­definir o seu papel nos cuidados e no sistema de saúde. Neste contexto, o nutricionista poderá assumir o papel de conselheiro, para o que lhe será exigida uma nova formação e a corres­pondente responsabilidade. Os profis­sionais que reunirem as características descritas serão, certamente, os mais procurados.

Bibliografia:
1 – DeBusk RM. Introduction to nutritional genomics. In: Mahan LK, Es­cott-Stump S, editors. Krause´s Food, Nutrition & Diet Therapy. 11th ed. Phila­delphia: Saunders; 2004. p.390-406.
2 – Lander ES et al. Initial sequenc­ing and analysis of the human genome. Nature 2001; 409 (6822): 860-921.
3 – Venter JC et al. The sequence of the human genome. Science. 2001; 291 (5507): 1304-1351.
4 – International Human Genome Sequencing Consortium. Finishing the euchromatic sequence of the human genome. Nature 2004;431 (7011): 931-945.
5 – Gillies PJ. Nutrigenomics: the rubicon of molecular nutrition. J Am Diet Assoc 2003; 103(12 suppl 2):S50-S55.
6 – DellaPenna D. Nutritional Ge­nomics: manipulating plant micronutri­ents to improve human health. Science 1999; 285: 375-379.
7 – Elliot R, Ong TJ. Nutritional ge­nomics. BMJ 2002; 324:1438-1442.
8 – Trayhurn P. Nutritional genom­ics – “Nutrigenomics”. Br J Nutr 2003; 89:1-2.
9 – Chadwick R. Nutrigenomics, in­dividualism and public health. Proc Nutr Soc 2004; 63(1):161-166.
10 – Ordovas JM, Corella D. Nu­tritional genomics. Annu Rev Genomics Hum Genet 2004; 5:71-118.
11 – DeBusk RM, et al. Nutritional genomics in practice: where do we begin? J Am Diet Assoc 2005; 105 (4): 589-598.





Glossário
Alelo – uma das cópias de um gene. Em organismos diplóides (ex. humanos), cada indivíduo possui dois alelos para cada gene.
Fenótipo – a expressão de um gene.
Gene – segmento do ADN que normalmente contém a informação necessária para a produção de uma proteína ou ARN.
Genoma – a totalidade da informação genética de um organismo ou célula.
Genótipo – referente à constituição genética de um indivíduo.
Locus/Loci – representação abstracta de um gene ou marcador num cromossoma.
Mutação – uma alteração da sequência de nucleótidos no ADN.
Nucleotídeo – unidade que constitui o ADN e o ARN. Normalmente referida pelas letras ATCG para ADN e AUCG para ARN.
Polimorfismo – variante de um gene que ocorre na população numa frequência superior a 1%.
Proteómica – estudo da estrutura e função das proteínas que podem ser expressas num organismo.


  • FONTE: Jornal da Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação 2007
  • AUTORES: Dr. Fábio Pereira* e Prof.ª Doutora Maria Daniel Vaz de Almeida **

*Nutricionista, Instituto de Investigaciones Biomédicas «Alberto Sols», Universidad Autónoma de Madrid

**Nutricionista, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

14 de junho de 2009

Whey Protein


Há mais de 20 anos, o Whey Protein é estudado. Trata-se de uma excelente opção protéica para todas as idades, capaz de produzir muitos benefícios em diversas áreas da saúde. Novas informações e novas aplicações sobre os benefícios do Whey Protein e de seus componentes únicos estão sendo descobertos continuamente.

1. O que é Whey Protein?
Whey Protein é uma proteína saudável, pura e de alta qualidade, derivada do leite de vaca. É uma rica fonte de aminoácidos essenciais requeridos diariamente pelo organismo. Em sua forma mais pura, existe a presença de pouquíssima gordura, colesterol e lactose.

2. Porque o Whey Protein é tão importante para a saúde?
A proteína é a “matéria-prima” que constrói a vida. Essencial para o equilíbrio de qualquer dieta e para manter os músculos fortes.
A proteína presente no Whey aumenta drasticamente os níveis de glutationa, um antioxidante essencial, solúvel em água, que protege as células do organismo e serve como um neutralizador de toxinas como os peróxidos, metais pesados, substâncias cancerígenas e muitas outras. De fato, a glutationa é tão necessária à saúde do sistema imunológico que a imunidade pode ser modulada pelos níveis de glutationa.
Pessoas que sofrem de doenças como AIDS, aterosclerose, Alzheimer e Parkinson apresentam níveis reduzidos de glutationa. Além disso, diversos estudos têm mostrado também a contribuição do Whey no combate a infecções como uma excelente escolha para pessoas que sofrem de doenças relacionadas ao envelhecimento e à perda óssea.
Pesquisas in vitro mostram também que células cancerosas do seio, foram fortemente inibidas quando expostas a pequenas concentrações de Whey.
Whey Protein quando comparado com qualquer outra proteína, possui um valor biológico maior, sendo facilmente absorvido, utilizado e retido pelo organismo.
3. Como o Whey Protein é produzido?

A maior parte da proteína vem como um subproduto da produção do queijo. Quando o leite é tratado, a caseína coagula, deixando o Whey na superfície. A partir daí, existem vários processos importantes que irão determinar a qualidade final do Whey Protein.
Durante o processamento, a gordura e a lactose são filtradas e separadas para fazer uma proteína mais concentrada, com menos carboidrato e menos gordura. A proteína contida no Whey Protein pode variar de 35 a 95%. Para uma maior concentração de proteína, são necessários maiores e melhores processos de microfiltragem, o que demanda, também, um custo maior.

4. Whey Protein é de fácil digestão?
O Whey Protein é uma proteína solúvel e muito fácil de digerir. Ele rapidamente entra no corpo para fornecer aminoácidos essenciais necessários para a manutenção dos músculos e de outros tecidos. Esta é a razão pela qual é utilizado como ingrediente comum em fórmulas infantis e suplementos protéicos.

5. Qual a diferença do Whey Protein quando comparado a outras proteínas?
As proteínas dos alimentos não são iguais e podem variar de acordo com inúmeros fatores:
Número e quantidade de aminoácidos essenciais
Grau de digestão e absorção
Conteúdo de gordura
Sabor
Pureza
O Whey Protein é uma proteína completa, de alta qualidade e rica em aminoácidos essenciais. O Whey Protein Isolado é a forma mais pura de Whey Protein existentee, por isso, é absorvido tão rápida e eficientemente pelo organismo.

6. Qual a diferença entre o Whey Protein e a proteína da soja?
O Whey Protein é uma proteína nutricionalmente completa, que contém nutrientes bioativos (imunoglobulinas e lactoferrina) que auxiliam o sistema imunológico.
A maioria dos atletas prefere Whey Protein à proteína da soja, devido à sua rápida taxa de absorção e alta concentração de aminoácidos de cadeia ramificada. Estes fatores são importantes auxílios na recuperação muscular pós-exercício ou competições.
O Whey Protein não contém isoflavonas ou outros componentes com potenciais efeitos hormonais. O Whey Protein tem um sabor mais agradável e neutro, por isso, possui maior aceitação quando comparado ao sabor da soja.

7. É possível obter Whey Protein apenas pela ingestão de leite?
O leite é uma bebida altamente nutritiva, porém possui apenas 1% de Whey Protein. Para a obtenção total dos benefícios do Whey Protein é necessário consumir um produto de alta concentração, como o Whey Protein Isolado.

8. O Whey Protein é importante para atletas e indivíduos ativos?
O Whey Protein é uma proteína completa e de alta qualidade, que possui todos os aminoácidos essenciais. O Whey Protein também é a mais conhecida e rica fonte natural dos aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina). Muitos atletas consomem Whey Protein antes e imediatamente após os exercícios para ajudar a reparar e reconstruir a massa muscular.

9. O Whey Protein ajuda a emagrecer?
Adicionar Whey Protein à dieta é uma excelente maneira de iniciar um programa de emagrecimento, sendo um ingrediente muito importante na reposição de proteínas de alto valor biológico. Também pode ser utilizado como complemento ou substituto de uma refeição.
Estudos revelam que indivíduos que combinam exercícios e dietas com alimentos ricos em leucina, como o Whey Protein, alcançam maiores ganhos de massa muscular e maior perda de gordura. E ainda, o Whey Protein auxilia na manutenção do peso devido a sua capacidade de promover a saciedade. Um estudo recente atribuiu esta capacidade a presença de caseína, proteína que promove esta sensação.

10. O Whey Protein contém glúten (ou proteína do trigo)?
O Whey Protein puro não contém glúten. Entretanto, barras e bebidas hiperproteicas o contém, por isso, verifique sempre a tabela de composição dos alimentos para ter certeza dos ingredientes que está ingerindo.

11. O Whey Protein contem lactose?
Indivíduos com intolerância à lactose devem selecionar o Whey Protein Isolado, pois possui menos de 0,1 gramas de lactose por colher de sopa (com capacidade aproximada para 20 gramas). Esta quantidade de lactose é menor do que a encontrada num pote de iogurte. Pesquisas mostram que a maioria das pessoas com intolerância à lactose não tem dificuldades em consumir pequenas quantidades de lactose.
Estes indivíduos devem ainda evitar o Whey Protein Concentrado, pois é a opção que, geralmente, contém lactose em maiores quantidades.

12. Qual a quantidade de gordura e colesterol encontrada no Whey Protein?
O Whey Protein Isolado contém menos de 0,5 grama de gordura por porção e apenas 5 miligramas de colesterol. É uma escolha muito saudável para indivíduos com dieta reduzida de gorduras. A Associação Americana do Coração (AHA) sugere que o consumo de colesterol diário seja menor que 300 miligramas.

13. O Whey Protein pode ser ingerido por gestantes e crianças?
O Whey Protein possui proteínas completas de alta qualidade e pode ser aceito como fonte protéica para gestantes e crianças saudáveis, desde que não tenham alergia a derivados de leite. O segundo componente mais abundante no Whey Protein é a alfa-lactoalbumina, uma das proteínas que mais se assemelha ao leite materno. As fórmulas infantis com freqüência incluem o Whey Protein em suas composições, principalmente as especiais para bebês imaturos.
Antes de tomar Whey Protein, consulte seu médico ou nutricionista para saber qual o produto mais adequado.14. Quais os efeitos colaterais da ingestão de Whey Protein?
Não existe registro documentado de efeitos colaterais decorrentes do consumo de Whey Protein proveniente de pessoas que não tenham alergia ou restrição médica a derivados de leite. Caso você possua, consulte seu médico ou nutricionista antes de incorporá-lo à sua dieta.

15. Quais os componentes encontrados no Whey Protein?
Beta-lactoglobulina: o mais abundante componente do Whey Protein. Corresponde a 50 a 55% do produto.
Liga-se a vitaminas solúveis em gordura e as tornam mais disponíveis para o corpo.
Provém uma excelente fonte de aminoácidos essenciais de cadeia ramificada. Estes aminoácidos ajudam a prevenir a perda de massa muscular e a reduzir o consumo de glicogênio durante o exercício. Estes aminoácidos podem ser necessários em alguns indivíduos com disfunções hepáticas, como a cirrose.
Alfa-lactoalbumina: o segundo componente mais abundante no Whey Protein. Corresponde a aproximadamente 20 a 25%.
A substância primária encontrada no leite materno.
Alta concentração de triptofano, um aminoácido essencial com potentes benefícios, incluindo a regulação do sono e melhora do humor em estados de estresse.
Excelente fonte de aminoácidos essenciais e aminoácidos essenciais de cadeia ramificada.
É o único componente no Whey Protein capaz de se ligar ao cálcio.
Imunoglobulina: corresponde a aproximadamente 10 a 15% do Whey Protein.
Promove o fortalecimento da imunidade, principalmente em crianças.
Componente predominantemente encontrado no colostro (primeiro leite materno, rico em anticorpos e células brancas, que protegem a criança contra a maioria das bactérias e vírus).
Albumina bovina: corresponde a aproximadamente 5 a 10% do Whey Protein.
Uma macro-proteína com um alto perfil de aminoácidos essenciais. Possui propriedades de se ligar às gorduras.
Glicomacropeptideo (GMP):
Ajuda a controlar e a inibir a formação de placas e cáries dentárias.
GMP não contém o aminoácido fenilalanina, causador de um grave efeito colateral em indivíduos com fenilcetonúria (PKU), doença caracterizada pela inabilidade de usar este aminoácido.
Lactoferrina: corresponde a aproximadamente 1 a 2% do Whey Protein.
Inibe o crescimento de bactérias (incluindo algumas patogênicas) e fungos, ambos devido a sua capacidade de se ligar ao ferro. O Ferro é um nutriente essencial, frequentemente requerido para o crescimento bacteriano. A USDA (Departamento da agricultura dos Estados Unidos) aprovou recentemente o uso da lactoferrina em carnes para inibir o crescimento de bactérias patogênicas como a E. Coli e a Salmonela.
Promove o crescimento benéfico de bactérias como as Bífidas
Ajuda crianças a restabelecer as condições microbianas do intestino.
Regula a absorção de ferro e sua bio-disponibilidade.
Pode auxiliar a reduzir processos inflamatórios.
Um antioxidante que naturalmente aparece nas secreções como as lágrimas, sangue, leite materno, saliva e mucos.
Lactoperoxidase: corresponde a aproximadamente 0,5% do Whey Protein.
Inibe o fornecimento de ferro, dependendo da bactéria.
Lisoenzimas: corresponde a menos de 0,1% do Whey Protein.
Contém grandes propriedades imunes.

16. Existe diferença entre Whey Protein Isolado e Concentrado?
Sim. Há uma grande diferença. O Whey Protein isolado é a mais pura e concentrada forma de Whey Protein disponível. Contém cerca de 90% ou mais de proteína, além de pouca gordura e lactose. O Whey Protein concentrado fornece de 29 a 89% de proteína, dependendo de cada produto. Conforme o nível de proteína concentrada diminui, os volumes de gordura/lactose normalmente aumentam.

17. O que é Whey Protein Hidrolisado?
Quando o Whey Protein é hidrolisado, as cadeias de proteínas são quebradas em menores segmentos, chamados de “peptídeos”. Este tipo de Whey Protein fornece ainda proteínas de alta qualidade. Entretanto, há menor possibilidade de causar reações alérgicas do que a versão não-hidrolisada. É mais comum ser utilizado em fórmulas infantis e especialmente em suplementos protéicos para uso médico.

Bibliografia:
Bounous G. e Gold P., Clin. Invest. Med. 1991
Rosanne K., Fidelus and Min Fu Tsan. Cellular Immunology, 1986. Baruchel S. and Vaiu G., Anti Cancer Research 1996

Melatonina O MAIS POTENTE ANTIOXIDANTE NATURAL




Porque a melatonina foi proibida no Brasil ? Pergunta sem resposta
A melatonina, N-acetil-5metoxitriptamina, é um hormônio sintetizado pela glândula pineal, caracteristicamente no período noturno, porém ela também é fabricada na retina e no trato gastro-intestinal. O seu caráter altamente lipofílico lhe permite atravessar a membrana dos pinealócitos e das células endotélias e rapidamente atingir a corrente circulatória. Do sangue ela facilmente se espalha pelo liquido intersticial de todo organismo e alcança o compartimento intracelular, onde se fixa principalmente dentro do núcleo, no DNA. Até bem pouco tempo, sabia-se somente que a melatonina apresentava alguns efeitos endócrinos e mediava o ritmo circadiano, através da interação com receptores específicos. Recentemente, descobriu-se que a sua ação primaria, independe da interação com receptores, possuindo a melatonina o efeito de funcionar como um potente varredor do radical hidroxila, a mais poderosa espécie reativa tóxica do oxigênio. A melatonina também é capaz de estimular a atividade da glutationa peroxidase, cuja função é metabolizar o peróxido de hidrogênio, precursor do radical hidroxila.Como agente anti – radical livre ela é mais potente que a glutationa e o manitol e a sua presença no núcleo aponta para o seu papel protetor do DNA. A melatonina é produzida principalmente pela glândula pineal durante a noite, isto é, no escuro. A escuridão é o requisito absoluto para a sua produção e liberação e a luz rapidamente suprime a sua síntese. Esta é a razão da concentração de melatonina no sangue e nas células serem 3 a 10 vezes maiores à noite. Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manão a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor. Com ojá escrevemos a melatonina também é produzida na retina e no trato gastrointestinal. Durante o envelhecimento a produção de melatonina sofre um declínio gradual. Nas pessoas com idade superior a 75 anos, o seu ritmo de síntese nas 24 horas é somente uma pequena fração daquele observado nas pessoas de 20 a 30 anos, o que faz atribuir à melatonina um possível papel nas fases iniciais e no desenvolvimento das doenças degenerativas da idade. O mecanismo da queda de produção da melatonina pineal durante o envelhecimento deve-se a dois fatores. Um deles é a diminuição do número de receptores beta- adrenérgicos pós-sinápticos dos pinealócitos com o avançar da idade. É a norepinefrina que estimula tais receptores à noite, aumentando o ritmo de produção de melatonina. Outro fator é a alteração das estruturas do sistema nervoso central que governa a síntese noturna do hormônio. Tais estruturas são expostas, durante toda a vida aos radicais livres, até que surgem lesões suficientes para diminuir a síntese da melatonina.Quanto ao seu poder antioxidante a melatonina em um sistema “in vitro” de geração de radicais hidroxila, apresenta efeito varredor 5 vezes maior que a glutationa e 14 vezes mais potente que o manitol. Estes resultados são muito importantes porque a glutationa e o manitol são excelentes varredores de radicais livres, o primeiro agindo no intracelular e o segundo no intersticial. O efeito anti- radical livre da melatonina também foi demonstrado “in vivo” e em uma das moléculas mais importantes do organismo: o DNA.. Quando se administra 300 mg/kg de extrato oleoso de sassafrás a ratos, observa-se em 24 horas o aparecimento de lesão maciça do DNA dos hepatocitos. A administração prévia de 0,2 mg/kg de melatonina reduz em 40% a lesão do DNA. Aumentando-se a dose de melatonina para 0,4 mg/kg reduz-se para apenas 1% a lesão do DNA. Sabe-se que a bomba de cálcio do coração (ATPase dependente de Ca/Mg) exibe um ritmo circadiano e que a pinealectomia abole tal ritmo. Sabe-se também que os radicais livres inibem a atividade desta bomba e a melatonina a estimula. A melatonina também possui a propriedade de reduzir a gravidade de uma condição provocada pelos radicais livres, o diabetes melitus induzido no camundongo pelo aloxano.A melatonina como vimos está mais concentrada no núcleo das células do que no citoplasma e existem evidencias que ela não somente esta presente no núcleo como também se encontra ligada ao DNA, à cromatina ou à heterocromatina. Tais fatos nos levam a pensar sobre um dos efeitos mais importantes da melatonina: proteger o DNA dos efeitos devastadores do radical hidroxila, a proteção contra o câncer.A melatonina pode ser considerada como um excelente antioxidante tanto pelos seus efeitos fisiológicos e farmacológicos como pela ausência de efeitos colaterais. Mesmo quando empregada em doses altíssimas e por vários anos, ela não provoca efeitos colaterais em humanos, exceto a indução de sono. A sua lipossolubilidade a torna de fácil absorção pelo trato gastrointestinal e mucosa bucal ou olfativa. Estando as espécies reativas tóxicas de oxigênio, implicadas em grande número de doenças, assim como no envelhecimento, a descoberta da melatonina como poderoso agente antioxidante natural, abre novas perspectivas ao nosso conhecimento: a melatonina desempenharia, ao lado de outros sistemas de defesa, papel protetor contras os radicais livres de oxigênio, diminuindo a incidência das doenças degenerativas da idade e interferindo no próprio envelhecimento celular. A melatonina já foi empregada com sucesso na supressão de quadros de disincronia circadiana (síndrome do fuso – horário e inversão da noite pelo dia) e mostrou-se benéfica como coadjuvante no tratamento da depressão, ansiedade, hiperatividade, confusão mental e fadiga. A melatonina é mais uma das substâncias esquecidas pelos médicos , talvez por ser catalogada como droga órfã e portanto sem nenhum interesse financeiro para a industria farmacêutica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Reitor R. J.: Interactions of the pineal hormone melatonin with oxygen – centered free radicals: a brief review. Brazilian J. Med. Biol. Res., 26: 1141-1155, 1993.

Poeggeler B et al: Melatonin, hydroxyl radicals – mediated oxidative damage and aging: a hypothesis J. Pineal Res. 14: 151-168, 1993.

13 de junho de 2009

Orgânicos: Por que optar por eles?


Comprar apenas produtos orgânicos e gastar um pouco mais ou optar por alimentos mais baratos, mas produzidos à base de pesticidas e hormônios?A questão não é fácil de ser respondida, mas o consumidor tem sido cada vez mais tentado pelo aumento da oferta. Hoje é possível encontrar --além de verduras e frutas-- sucos, óleos, carnes, ovos e até cervejas e vinhos orgânicos. Segundo o Instituto Biodinâmico, uma das mais de 20 instituições que certifica esses alimentos no Brasil, o consumo de orgânicos aumenta 30% a cada ano, apesar de o preço ser de 30% a 50% mais caro do que os produtos convencionais.A produção orgânica preconiza uma filosofia que tem como objetivo final o equilíbrio sustentável do ambiente. No cultivo, estão proibidos os agrotóxicos, adubos químicos e as sementes transgênicas. Os animais são criados sem uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou outras drogas como os antibióticos. "O produtor usa os recursos do ambiente sem alterar suas características", explica Paulo Stringheta, professor de Tecnologia de Alimentos da Universidade de Viçosa (MG).Mas ainda não existe um consenso sobre as vantagens nutricionais dos orgânicos. Algumas pesquisas, segundo Stringheta, mostraram que a planta orgânica teria um teor vitamínico mais concentrado. "Como ela trabalha de forma estressada, sem a ajuda de substâncias químicas para sua autodefesa, deve produzir mais substâncias antioxidantes", diz.Para a professora do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvia Maria Cozzolino, não é possível afirmar que os orgânicos sejam mais ricos. Aliás, o fato de não conterem agrotóxicos também não os torna a única opção no mercado para quem se preocupa com a saúde. "Uma boa higiene dos vegetais é capaz de retirar os resíduos tóxicos. O risco de uma intoxicação, nesses casos, é mínimo."Uma pesquisa da Unicamp ilustra ainda mais a importância de lavar bem os alimentos e parece tirar dos morangos o título de vilão das crianças. A professora Maria Cecília Toledo, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, constatou que, ao lavar os morangos com água, foi possível retirar 90% dos resíduos de agrotóxico da fruta. Segundo a pesquisadora, casos de intoxicação são raros no Brasil e, quando acontecem, atingem principalmente os agricultores, e não o consumidor. Como ainda não existe um órgão para fiscalizar as certificadoras de alimentos orgânicos, os consumidores precisam dobrar a atenção. "A higienização é fundamental", afirma o nutrólogo Mauro Fisberg, da Unifesp.Partidários da sustentabilidade, alguns restaurantes incluíram os produtos cultivados sem agrotóxicos em seus cardápios. A chef e banqueteira Vicky Constantinesco, de São Paulo, é uma delas. A receita ao lado usa morangos orgânicos.
Fonte: Folha de São Paulo

5 de junho de 2009

Homocisteína: Perigo Oculto


Por: Dr. Ítalo Rachid**

É a homocisteína, e não o colesterol, a substância que inicia as lesões vasculares que levam ao infarto.A doença coronariana obstrutiva (infarto do miocárdio) é um grande pesadelo para a humanidade. Nos países desenvolvidos, assim como no Brasil, é a principal causa de mortalidade. Estima-se que, somente neste ano, 450.000 americanos e 180.000 brasileiros terão suas vidas ceifadas por esta doença. Muito mais importantes do que a herança genética, os verdadeiros inimigos do coração estão ligados aos nossos estilos de vida: fumo, sedentarismo, obesidade, estresse, hipertensão, os erros alimentares e a deficiência hormonal na menopausa, que, em última análise, levam à hipercolesterolemia. O aumento do colesterol, principalmente a fração LDL (o mau colesterol), abre caminho para a arteriosclerose, que, por sua vez, obstrui as artérias do coração e causa o infarto, numa verdadeira realização em cascata. Colesterol elevado, passou então, a ser o inimigo público número um. Um fato muito importante intrigava, porém, os pesquisadores mais curiosos: se é realmente o grande vilão, como explicar a ocorrência de infartos em pessoas com colesterol absolutamente normal? Como explicar o infarto em adultos cada vez mais jovens, que, igualmente, não apresentam qualquer anormalidade no seu colesterol, e adotam estilos de vida aparentemente saudáveis?O elo perdido desta cadeia de eventos, parece finalmente ter sido encontrado. Surgindo no nosso organismo como um produto do metabolismo da metionina, a hemocisteína é um aminoácido natural, de existência efêmera, que se converte em outro aminoácido chamado cistationa. Se esta rota for corretamente seguida, não há qualquer prejuízo à nossa saúde. O grande segredo, porém, é que para este processo ocorrer, são necessários cofatores naturais que regulam essas reações: vitaminas B-6 e B-12, betaína e ácido fólico. Aí é que começam nossos problemas. Devido ao esgotamento do solo, industrialização excessiva dos alimentos e baixa concentração desses elementos na dieta, um número incontável de pessoas apresenta deficiência dessas substâncias.Diante dessas deficiências, nosso organismo passa a acumular homocisteína, e essa substância é hoje considerada o verdadeiro vilão da doença coronariana. É a homocisteína, e não o colesterol, a substância que inicia as lesões vasculares que levam ao infarto. Ainda pior: a homocisteína acelera a oxidação do LDL colesterol, aumentando ainda mais o dano vascular. Explicando mais claramente: se o colesterol é normal. Porém as concentrações de homocisteína no seu sangue estão elevadas, o dano ao seu coração ocorre mais rapidamente do que se seu colesterol estiver elevado e sua homocisteína normal! Na verdade, a homocisteína elevada no sangue, é considerada, atualmente, nos países que praticam uma medicina de ponta, um fator de risco para doenças cardíacas, muitas vezes pior e mais preciso do que o colesterol. Pessoas com doenças coronarianas, já confirmadas por angiografia, tem o risco, 10 a 15 vezes maior de infartar se sua homocisteína estiver elevada!Para finalizar, dois fatos impressionantes: a suplementação vitamínica corretamente conduzida, provoca a total normalização dos níveis de homocisteína; os níveis de homocisteína no sangue já podem ser medidos, sendo um exame obrigatório nos países desenvolvidos.
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